sábado, outubro 01, 2005

Update

O Sol dos Scorta é mesmo muito mau.

E está todo escrito assim. Em frases curtas. Muito curtas. E redundantes. O leitor não precisa de se esforçar. O autor também não se deve ter esforçado. Se era para isto, mais valia ler alguma coisa de Chuck Palahniuk. Que também só usa frases curtas. Mas ao menos é mais cool. E tem palavrões.

E tem outro problema mais grave - no meio de todos aqueles lugares comuns banais e gastos de conto de jornal de parede de liceu, nada acontece. Não só está mal escrito como é um tédio. Os leitores habituais destes romances fatelas esperam algo de túrgido, esperam crimes e sexo sujo - que não vão encontrar aqui.

A pergunta passa a ser: a quem se dirigem então livros como este?

Ao menos isto: mesmo os que mais detestam Michel Houellebecq não poderão dizer, caso La Possibilité d'une Île ganhe o Goncourt, que o seu livro é o pior Goncourt dos últimos anos.