quinta-feira, outubro 13, 2005

A batalha do rio Boyne e a morte do salvador de Portugal

Um dos últimos títulos da Campaign Series da Osprey é dedicado à batalha do rio Boyne (1690). Esta batalha, que decidiu a contenda pelo trono inglês entre Guilherme de Orange e Jaime Stuart, é hoje mais conhecida pelas marchas de comemoração provocatórias organizadas pelos protestantes da Irlanda do Norte e que invariavelmente terminam em pancadaria com os papistas.

Mas para um português, a principal razão para a relevância desta batalha estará talvez na morte do septuagenário Duque de Schomberg, que comandou brilhantemente os exércitos portugueses na fase final das longas e duras campanhas da Restauração. No rio Boyne, no entanto, Schomberg estava ao serviço de Guilherme de Orange, combatendo contra a França que em tempos servira. Os oficiais do Antigo Regime agiam um pouco como profissionais liberais, oferecendo os seus serviços a quem lhes pagasse independentemente da nacionalidade, e por vezes lutando sucessivamente de ambos os lados na mesma guerra - foi o caso de Blücher na Guerra dos Sete Anos, por exemplo - embora a razão da mudança de lado do protestante alemão Schomberg tenha estado na revogação do Edicto de Nantes por Luís XIV.

Schomberg atravessou o rio Boyne à frente dos regimentos huguenotes do exército protestante anglo-holandês e terá sido morto por um tiro de pistola de um cavaleiro irlandês.

Biografia de Schomberg, por Manuel Amaral

Portugal deve-lhe tanto como a Nuno Álvares Pereira.