domingo, outubro 03, 2010

R-E-S-P-E-C-T

No Boletim da Ordem dos Advogados desta semana vem publicada (p. 77) uma carta de um advogado ao bastonário queixando-se do i-na-dmi-ssí-vel insulto de que tinha sido objecto porque um cliente não o tinha tratado por "Senhor Dr.", e por o último Boletim ter sido endereçado não ao "Senhor Dr. Zé das Couves" mas simplesmente ao "Zé das Couves" (o horror!).

Eu até aqui pensava que o respeito não consistia apenas em utilizar fórmulas ocas e em mostrar falsa reverência nos momentos tidos por adequados. Que o respeito (para além da civilidade mínima que todos merecemos) era uma coisa que se tinha que ganhar, de que qualquer pessoa se tem de mostrar digna, e não algo a impor por decreto. Se calhar estava enganado.